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Promovendo a engenharia para a paz e reconceptualizando o desenvolvimento

Atualizado: 28 de abr. de 2021

John Bernhard Kleba e Juan David Reina-Rozo

A ideia de escrever um artigo sobre engenharia para a paz no contexto latino-americano surgiu da chamada para uma edição especial da TFSC intitulada “Engenharia para a paz e inovação: Uma nova abordagem de desenvolvimento tecno-socio-econômico.” A relação da paz com as engenharias é pensada de forma mais ampla, já que o desenvolvimento deveria ser condição para a paz e vice-versa. Entretanto, essa correlação não se apresenta na atual concepção dominante de desenvolvimento. A problematização dessa dissonância é um dos focos do presente artigo. Dessa forma, a violência direta é resultado da violência estrutural e cultural, que por sua vez são fomentadas por estruturas de exclusão e vulnerabilidades em dadas ordens econômicas e políticas. O objetivo dos autores é contribuir com uma perspectiva de um território cultural e geopolítico, mostrando a originalidade e especificidade da crítica ao desenvolvimento latino-americana. Ao mesmo tempo, os autores vinculam essa crítica teórica mais ampla a uma diversidade de iniciativas de engenharia engajada e engenharia para a paz na Colômbia e no Brasil, explorando as complexas conexões entre os aportes teóricos e a prática. Explora-se assim, entre outros, a pergunta de como as engenharias podem ser mais efetivas para assegurar um arranjo de cooperação social onde as diferentes formas de violência não tenham terreno para prosperar.

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