Engenharia popular brasileira: uma abordagem decolonial à educação em engenharia
Cristiano Cordeiro Cruz
Revista: European Journal of Engineering Education
Engenharia e tecnologia têm um papel central na conformação de nossa realidade que freqüentemente passa despercebida ou não é analisada criticamente por engenheiras/os e professoras/es e currículos de engenharia. Ao fazer isso, a engenharia que é ensinada, pesquisada(e melhorada) e praticada pode promover inadvertidamente uma realidade ético-política da qual muitas/os engenheiras/os e professoras/es de engenharia podem discordar. Neste artigo, valendo-se da literatura da filosofia e da sociologia da tecnologia e das tradições libertadora e decolonial latino-americanas, são definidas as bases teóricas para uma prática de engenharia diferente; uma engenharia comprometida em empoderar as pessoas e construir com elas outras ordens sociotécnicas (e realidades ético-políticas) possíveis. Ela pode ser chamada de engenharia decolonial. Em seguida, a engenharia popular, tal como é praticada, ensinada e melhorada (pesquisada) por alguns núcleos e grupos de extensão universitária brasileira, é apresentada e analisada de acordo com seus fundamentos e resultados decoloniais. Finalmente, a partir da experiência em engenharia popular, alguns traços gerais da educação e pesquisa em engenharia decolonial são apresentados.
Obs.: Se você tiver interesse em ler o artigo, peça uma cópia dele por cristianoccruz@yahoo.com.br
Cruz, C. C. Brazilian grassroots engineering: a decolonial approach to engineering education. European Journal of Engineering Education, 46, 5, p. 690-706, 2021. https://doi.org/10.1080/03043797.2021.1878346
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